Cruzeiro fora da final

Ontem acordei cedo e já comecei a preparação para ir pro Mineirão. Abri as cortinas da minha janela e vi um céu lindo, azul, se uma nuvem se quer e pensei: “podia rolar umas nuvenszinhas pros lado da toca 3 para que o Sol não atrapalhe a minha visão em relação ao campo.” Então coloquei minha camisa azul celeste, estrelada, e segui rumo a mais uma partida do meu time do coração.

O jogo era contra o Ipatinga, pela semifinal no Campeonato Mineiro. Cheguei por lá uma hora antes do jogo e vi no rosto de todos uma tranqüilidade pura e inocente. Nosso estimado técnico Adilson Batista tinha relacionado, para a partida, os melhores nomes do elenco, então era mais do que normal que toda a nação celeste tivesse só a vitória na cabeça.

Daí começou as surpresas. A primeira foi o time mesclado e uma tática muito estranha. O técnico colocou um centroavante e dois meias para fazer a ligação meio/ataque. Com o pouco tempo de treino que o time tem, por jogar e viajar sempre, era evidente que o desentrosamento ia acontecer e ia prejudicar, fora a falta de ritmo de jogo que alguns jogadores, com certeza, demonstrariam, por estar voltando de lesão.

Eu sempre apoiei nosso técnico e não vou deixar de apoiar por discordar da escalação dele neste jogo. Eu recebi a escalação via rádio e pensei em somente incentivar meu time como sempre faço e sempre vou fazer.

O jogo começou e as nuvenzinhas, que citei no início do texto, não vieram. O Sol batia forte na arquibancada e só não incomodou mais do que o que eu vi no jogo.

A segunda surpresa, que para alguns já tinha sido anunciada pelo dirigente do time adversário, foi os erros da arbitragem. Foram três erros realmente inegáveis, que poderiam fazer desse jogo uma desastrosa goleada do Tigre.

O primeiro tempo acabou com o mesmo placar que começou e no segundo tempo vieram mudanças que poderiam melhor o modo de atacar do time celeste. Nos primeiros 15 minutos foi assim, mas o ataque foi ineficiente e não conseguimos fazer nosso gol nesse momento capital do jogo. E quem não faz leva. O time do Ipatinga, sim, teve competência e abriu o placar. Logo depois fez o segundo gol e ainda ficamos com um homem a menos. No terceiro gol do Tigre a nossa esperança de ir a final já havia caído por terra.

Com a expulsão do Alessandro (desce do ônibus), fomos ao ataque buscar, pelo menos, o gol de honra e isso aconteceu num pênalti em que o zagueiro ipatinguense foi expulso e que Wellington Paulista converteu. Não havia tempo mais tempo para empatar o jogo. Perdemos por merecimentos. Mas isso já é passado.

Parabéns ao Ipatinga por chegar a mais uma final e fica aqui a minha torcida para que o time entre em campo e jogue tão bem quanto jogou ontem.

Eu torço pelo meu Cruzeiro independente de qualquer coisa e sei que muito maior que os erros cometidos nessa tarde de domingo seria o erro tirar o técnico Adilson Batista do comando do time que ele montou há três anos atrás. Pensem nisso! #FicaAdilson.

Saudações Celestes.